**Erick Sermon relembra oportunidades perdidas e revela quais grandes nomes do rap poderia ter contratado**
**Introdução**
Erick Sermon, um dos arquitetos fundamentais do hip-hop dos anos 1990 e líder do lendário duo **EPMD**, fez recentemente uma viagem nostálgica ao passado. Em um episódio do podcast **Joe and Jada**, o rapper e produtor refletiu sobre momentos decisivos da sua carreira — em especial, as oportunidades que teve de contratar alguns dos maiores nomes da história do rap antes de eles atingirem o estrelato global.
Com franqueza e maturidade, Sermon abordou arrependimentos, decisões imaturas e a complexidade de reconhecer o talento certo no momento certo.
**O caso Nas e o arrependimento mais marcante**
Um dos momentos mais emblemáticos da conversa foi a lembrança do seu contato inicial com **Nas**, ainda no período que antecedeu o clássico álbum *Illmatic*.
> “Quando Nas me procurou para *Illmatic*, dei-lhe batidas C-list porque não entendia Queenbridge”, afirmou Sermon.
Segundo ele, a falta de compreensão sobre o contexto cultural e artístico de Queensbridge o levou a não levar Nas a sério como deveria. Esse erro custou caro: após deixar Sermon, Nas acabou trabalhando com **Pete Rock**, dando início a uma das trajetórias mais respeitadas da história do hip-hop.
> “Meu único arrependimento é não ter levado Nas a sério”, confessou o produtor.
**Wu-Tang Clan e outras oportunidades que ficaram pelo caminho**
Erick Sermon também revelou que teve acesso direto a membros do **Wu-Tang Clan** antes da explosão do coletivo. Segundo ele, havia inclusive a possibilidade de contratar **Raekwon**, mas a oportunidade nunca se concretizou.
> “Eu poderia ter tido o Wu-Tang também. Na minha opinião, eu era jovem demais para isso.”
Além do Wu-Tang, Sermon mencionou outros artistas que, em algum momento, estiveram ao seu alcance profissionalmente, mas com os quais nunca chegou a fechar contratos:
* **50 Cent**
* **Ludacris**
* **The Game**
* **Rick Ross**
* **Hitmaka**
De acordo com o produtor, o acesso aos talentos existia, mas decisões precipitadas, falta de visão estratégica e a própria juventude pesaram contra acordos que poderiam ter mudado significativamente sua trajetória empresarial dentro da indústria.
**A visão crítica de Erick Sermon sobre o rap atual**
Em outra entrevista recente, concedida à **Rolling Stone**, Erick Sermon ampliou sua reflexão ao comentar o estado atual do rap. Para ele, a diferença entre as gerações não está apenas no som, mas na durabilidade artística.
> “Eles fizeram discos que superariam e seriam capazes de sobreviver ao teste do tempo para que pudessem trabalhar para sempre”, disse, referindo-se a artistas de gerações anteriores.
Sermon foi ainda mais direto ao criticar letras excessivamente vulgares e descartáveis, sugerindo que parte do rap contemporâneo não terá longevidade cultural nem impacto duradouro.
> “Ninguém vai vir ver você dizendo apenas palavrões sem conteúdo.”
**Legado, maturidade e lições da indústria**
As declarações de Erick Sermon não soam como simples arrependimento, mas como um retrato honesto das armadilhas da indústria musical. Reconhecer talento é apenas parte do processo; visão, timing e maturidade são igualmente essenciais.
Mesmo com oportunidades que não se concretizaram, Sermon permanece como uma figura central do hip-hop, responsável por influenciar gerações e ajudar a moldar o som da Costa Leste.
**Conclusão**
A fala de Erick Sermon serve como um lembrete poderoso: no hip-hop — assim como na vida — talento sem visão pode passar despercebido. Sua trajetória é marcada tanto por conquistas quanto por lições duras, que hoje ele compartilha com transparência e sabedoria.
Por: Juvenal AKA Master Ju ®️ 16.12.2025
- Erick Sermon
- EPMD
- Hip-Hop
- Nas
- Wu-Tang Clan
- 50 Cent
- Rick Ross
- História do Rap
- Cultura Hip-Hop
- Produtores do Hip-Hop





